Segue trechos do livro Fairies at work and at play onde Geoffrey Hodson descreve o encontro com uma aldeia de duendes em uma floresta de carvalhos em junho de 1922.
'' Não ultrapassando mais que treze centímetros de altura, ele parece um velhinho, levando na cabeça um chapéu marrom talhado como uma touca de dormir e usando uma vestimenta também marrom. Seu rosto transmite uma expressão de rusticidade antiga. Eles se diferenciam de todos os outros duendes que vi anteriormente pelo fato de não parecerem trabalhar em sintonia com qualquer processo da natureza; embora venerem as árvores, não parecem em absoluto servi-las.
Um dos espíritos da natureza mais pueris dentre os que vivem aqui aproxima-se de mim agora e, guardando uma distância de dois ou três metros a minha direita, passa a se exibir, com gestos extravagantes e humor simplório.
Não consigo fazer com que ele se aproxime um pouquinho mais, pois de imediato começa a demonstrar apreensão. A aura humana é dissonante pra ele, e ao seu contato provavelmente perderia o equilíbrio. Por outro lado, constato como é etera e frágil sua constituição, que possui menos consistência do que uma lufada de ar; não obstante, suas formas são claras e perfeitamente delineadas e todos os detalhes absolutamente nítidos.''
Geofrrey transcreve um trecho de The Herald of the star, 1922; relatando a admiração de um duende por suas botas. *-*
''Entre as criaturinhas que povoam essa encosta, a primeira a chamar a nossa atenção foi a de um velho duende que, mal tínhamos nos sentado, passou correndo por nos em direção a borda do pequeno pinheiral.
Ele intuiu a presença dos seres humanos, mas o primeiro detalhe que o atraiu foi o par de botas que eu usava - umas botas de borracha. Após contemplá-las fixamente, passou a fabricar para si uma imitação bastante fiel delas. A sua própria representação mental bastava-lhe para cobrir os pés com uma cópia daquilo que estivera a contemplar com tanta admiração.''
O autor Ted Andrews classifica os tipos de duendes de acordo com o local em que vivem. Os duendes das sombras são aqueles que se retiraram para o interior da terra. A coloração de sua pele reflete os tons terrosos. Geralmente se esquivam do contato humano. Os duendes da penumbra (meia-luz) compõe a grande maioria. São intensamente ligados ao meio onde vivem por isso dificilmente se afastam da árvore, erva ou riacho em que residem. A sua aparência varia de acordo com a tarefa que executa.
Existem incontáveis tipos de duendes que trabalham com os elementos da terra, auxiliando no crescimento das formas de vida. Podem diferenciar muito de um país para o outro mas em características gerais os duendes aparentam de maneiras semelhantes.
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Fonte: Fairies at work and at play. Geoffrey Hodson.
Enchantment of the faerie realm. Andrews, Ted, 1952.
